terça-feira, março 24, 2009

ambições literárias




Paperback writer


Dear Sir or Madam, will you read my book?
It took me years to write, will you take a look?
Based on a novel by a man named Lear
And I need a job, so I want to be a paperback writer,
Paperback writer.
It's the dirty story of a dirty man
And his clinging wife doesn't understand.
His son is working for the Daily Mail,
It's a steady job but he wants to be a paperback writer,
Paperback writer.
Paperback writer
It's a thousand pages, give or take a few,
I'll be writing more in a week or two.
I can make it longer if you like the style,
I can change it round and I want to be a paperback writer,
Paperback writer.
If you really like it you can have the rights,
It could make a million for you overnight.
If you must return it, you can send it here
But I need a break and I want to be a paperback writer,
Paperback writer.
Paperback writer
Paperback writer - paperback writer
Paperback writer - paperback writer


Composed by Lennon/McCartney

domingo, março 22, 2009

o funcionanto da máquina de lavar, para não perder o fio à meada















A Margueritta, a máquina de lavar da família Ariston, não trabalha.
Calou-se, perdeu o ritmo e a relação do funcionamento, e da funcionalidade.
É um desespero esta interrogação das máquinas, das suas componentes.
O que se passa?
E a máquina muda, sem reacções, como se fosse uma pessoa caprichosa que nos prega as suas maquiavélicas partidas.

- Chama-se um técnico, um médico de máquinas, alguém que lhe entenda os sintomas e que lhe neutralize a birra.
- Devia ser castigada esta máquina, tanto tempo a portar-se bem, e agora isto.
- Por quanto tempo, ainda, a condescendência com a Margueritta Ariston?

Dois dias depois, lá veio o técnico a casa, olhou-a, ouviu-lhe os sintomas e não hesitou: é a correia. Abriu a máquina por trás, era de facto a correia, que tinha saltado, devido a inadvertências no seu uso. É assim a máquina, não perdoa falhas, como o tempo não lhe perdoa a ela.

E lá passou a trabalhar, apesar de um ruído um pouco estranho.
A adaptação à correia nova ou o aparecimento de um novo mal?
Vivemos nesta incerteza, dependentes de caprichos gratuitos, de premonições, de destinos.
E de nós próprios, num sistema de interdependências e ligações a que já nos habituamos ao longo dos milénios, sem as interrogar.

Como uma correia de ventoinha de um automóvel, usada para a ventilação, a correia na máquina de lavar vai fazer girar um tambor, onde a roupa dança e onde é depois centrifugada, empurrada para fora a roupa a tal velocidade que a água não a pode acompanhar. E a roupa fica sem água, isto é, seca. Quase.
Se a correia estiver lassa, pode saltar. E se saltar o movimento circular não é transmitido. E também pode partir, a correia, por alguma razão.

Quando comecei a investigar o funcionamento dos autoclismos, e da energia, senti uma certa tranquilidade ao descobrir a lógica que determinava os movimentos. Até chegar à questão básica motor de todos as coisas – a energia, e o confronto com o óbvio, e o mistério último da descoberta do primeiro motor.

sábado, março 21, 2009

os dias de e o consumo













foto trabalhada, sem referência

(…)

Tanto verso, às vezes curto, a euro e meio,
tanta sílaba dividida pelos cêntimos!
Vendem os poetas versos livres
ou as métricas saídas do paleio
onde se finge a dor que não se sente,
se fere a angústia e fecha o cerco ao sentimento
de Pessoas ao dispor de toda a gente

(e digo isto porque tenho lido coisas!...
ai, meu Deus, que parecem ser mesmo verdade,
se calhar um poeta nunca mente.)

(…)

Mas, por quem sois, se arrumais carros nas pracetas,
não entreis na versalhada ao desbarato, é tempo de ir
comprar poemas avulso para os bolsos.
No entanto, comprai poucos,
podeis crer que as letras não são tretas
andamos todos é a ler-nos uns aos outros.

António Ferra, excerto de "a poesia é caríssima", inédito, 2003, série poemas satíricos





terça-feira, março 10, 2009

Qual é o Mourinho dos pobres?









Este é que é o treinador, provavelmente cheio de mérito. O recorte pertence ao editorial "Obrigado Toni!", do jornal "O Comércio de Alcântara", Março de 2009. Mas o que é de estranhar é que o mesmo retrato aparece como figura de cartaz no consultório jurídico













O meu problema é o acesso a uma informação correcta.

domingo, março 08, 2009



















No original, “
Bell, Book and Candle”.
Mas o que interessa aqui é ver que eles não tinham fotografia osculante e, vai daí, o editor da “colecção cinema”, I presume, montou um beijo falso, com gato de permeio. Se eu fosse a Kim Novack e me aparecesse um James Stewart a ver passar os comboios quando o beijasse, repensava todo o meu sex apeal .

PS- este tema do beijo falso já aqui foi tratado.

terça-feira, março 03, 2009

Pontos de Vista da colecção cinema*




















Em inglês, "The teacher’s pet".
Em português, duas traduções: no Brasil, "Um amor de professora"

em Portugal, "amor de Jornalista"

*A Colecção Cinema era da Agência Portuguesa de Revistas. Esta, sem data, comprei-a numa feira de rua, a um sábado, em Vila Franca de Xira, creio que por dois euros. A vendedora disse-me que ainda tinha mais, muitas.