autoclismo I
Um autoclismo é um aparelho que faz parte integrante de uma casa de banho. Vale a pena observá-lo por dentro com muita atenção e muita curiosidade. Trata-se de um aparelho que revela a inteligência da espécie humana, usando processos mecânico-hidráulicos.
Se lhe tirarmos a tampa, deparamos com uma caixa de água. É este o primeiro olhar. Lá dentro está um tubo, por onde entra água após a descarga feita. Depois, quando a água entra novamente para recarga, ela pára ao atingir certo nível, regulável, porque uma bóia de esferovite, empurrada pela impulsão da água que sobe no caixa do autoclismo, bloqueia o tubo por onde sai a água que circula na canalização geral. Funciona como uma torneira. A muito baixa densidade da esferovite é que permite uma oclusão rápida e eficaz. Antes da existência da esferovite as bóias eram caixas redondas e ocas, feitas de cobre. O braço de metal ou plástico ao qual se prende a bóia, o tal pedaço redondo ou paralelepipédico de esferovite ou plástico oco, pode ser regulável, como acima dizia. Fixado mais para baixo, entra menos água, porque a ejecção de água termina mais cedo. Se for fixado a um nível superior, ejecta água durante mais tempo, como é óbvio, aumentando assim o nível e o consumo. Neste caso existe sempre um mecanismo de regulação manual.
Uma palavra ainda sobre o processo de descarga: é feita por um orifício existente no fundo da caixa de água, de perímetro (secção) bastante superior ao orifício da entrada de água. Isso explica o tom mais grave e rápido da saída de água para limpeza da sanita, em contraste com o tom mais agudo e lento do reenchimento do autoclismo, mais lento do que a descarga, naturalmente, pelos motivos apontados. Sobre esse orifício (de entrada e saída de água) existe uma junta de borracha, presa ao êmbolo que tapa e destapa o orifício de saída de água. Quando essa junta se torna gasta pelo tempo e pelo uso, diz-se que o autoclismo fica a verter, a desperdiçar água, continuamente, para dentro da sanita.
Há pessoas que não observam estas pequenas coisas úteis a que estamos habituados e fazem parte do nosso quotidiano. E têm todo o direito. Mas às vezes é necessário interrogar o óbvio, a companhia diária dos objectos, feios por serem úteis, sem a utilidade dos versos. O que acabo de escrever não tem directamente a ver com a racionalização do consumo de água, senão até valia a pena dar relevo àquela história de um hotel que resolveu colocar um tijolo dentro de cada autoclismo. Como se tratava de um hotel de grandes dimensões, a poupança anual em água e respectivos custos foi notável, nem vale a pena fazer contas.
Se lhe tirarmos a tampa, deparamos com uma caixa de água. É este o primeiro olhar. Lá dentro está um tubo, por onde entra água após a descarga feita. Depois, quando a água entra novamente para recarga, ela pára ao atingir certo nível, regulável, porque uma bóia de esferovite, empurrada pela impulsão da água que sobe no caixa do autoclismo, bloqueia o tubo por onde sai a água que circula na canalização geral. Funciona como uma torneira. A muito baixa densidade da esferovite é que permite uma oclusão rápida e eficaz. Antes da existência da esferovite as bóias eram caixas redondas e ocas, feitas de cobre. O braço de metal ou plástico ao qual se prende a bóia, o tal pedaço redondo ou paralelepipédico de esferovite ou plástico oco, pode ser regulável, como acima dizia. Fixado mais para baixo, entra menos água, porque a ejecção de água termina mais cedo. Se for fixado a um nível superior, ejecta água durante mais tempo, como é óbvio, aumentando assim o nível e o consumo. Neste caso existe sempre um mecanismo de regulação manual.
Uma palavra ainda sobre o processo de descarga: é feita por um orifício existente no fundo da caixa de água, de perímetro (secção) bastante superior ao orifício da entrada de água. Isso explica o tom mais grave e rápido da saída de água para limpeza da sanita, em contraste com o tom mais agudo e lento do reenchimento do autoclismo, mais lento do que a descarga, naturalmente, pelos motivos apontados. Sobre esse orifício (de entrada e saída de água) existe uma junta de borracha, presa ao êmbolo que tapa e destapa o orifício de saída de água. Quando essa junta se torna gasta pelo tempo e pelo uso, diz-se que o autoclismo fica a verter, a desperdiçar água, continuamente, para dentro da sanita.
Há pessoas que não observam estas pequenas coisas úteis a que estamos habituados e fazem parte do nosso quotidiano. E têm todo o direito. Mas às vezes é necessário interrogar o óbvio, a companhia diária dos objectos, feios por serem úteis, sem a utilidade dos versos. O que acabo de escrever não tem directamente a ver com a racionalização do consumo de água, senão até valia a pena dar relevo àquela história de um hotel que resolveu colocar um tijolo dentro de cada autoclismo. Como se tratava de um hotel de grandes dimensões, a poupança anual em água e respectivos custos foi notável, nem vale a pena fazer contas.
2 Comentários:
Boa tarde,
Tenho um autoclismo da marca esfinge, o qual faz um ruido continuo e perde água para a sanita.
Chamei um canalizador que me disse que não há solução para a perda de água! Será verdade?Não será possivel substituir a junta de borracha do mesmo?
Cumprimentos
Abilio
Desmonte o autoclismo, basta tirar a tampa, e verifique primeiro a junta. Veja se está em bom estado e se não está fora do sítio. Veja também se a bóia está a funcionar bem, pois se estiver a fazer muita força pra cima pode causar perda de água. Isto é uma situação corrente. O que o canalizador lhe disse é disparatado, se calahr quer vender um autoclismo novo, quando com paciência se pode resolver a perda de água. Espero que tudo corra bem. Depois diga-me alguma coisa para o mkeu mail. Cumprimentos.
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