A leitura de Constantino Morais
Caro amigo António
Devo confessar que fiquei deveras surpreendido com “ a primeira pedra”. Para mim foi inesperado descobrir esta tua faceta, pois só conhecia, e já me tinha acostumado, à tua habitual mordacidade, ao teu espírito caustico e sentido crítico, à ironia e ao teu humor na observação e vivência do quotidiano.
Mas, ao ler o teu livro, tive a estranha sensação e a emoção de quem visita uma exposição, como se cada página fosse um quadro ou uma peça escultórica de um museu ou de uma galeria de arte, onde se conta a história do Homem ou da Humanidade, representada no “EU” poético-narrativo, através de um percurso aparentemente cronológico e numa perspetiva evolucionista/darwinista que vai transmitindo ao leitor as mudanças e alterações sofridas e vividas ao longo do tempo na sua relação com o mundo.
Todo o teu livro é um belo proso-poema assente na metáfora da pedra onde de forma subtil abordas vários temas essenciais da vida e da evolução humana.
Muito mais se poderia dizer na sua análise, mas não me cabe a mim fazer isso.
Parabéns por este teu trabalho, é excelente e merece ser conhecido.
Se errei na análise superficial que fiz e falseei a interpretação e o sentido do teu texto agradeço que me digas francamente, por favor, pois toda a análise pode ser subjetiva.
abraço
Constantino