Dos livros levanta-se um pássaro
Perdi um pedaço de terra
com árvores milenares e rios à alegria.
Mas ainda não desisti da escalada da montanha
com cordas de seda fina.
Agarro-me às pedras, seguro-me às giestas,
suspenso das nuvens pelas minhas mãos
por onde ainda escorre o álcool da terra.
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A
gasosa que eu bebia em miúdo
é que era boa,
cheia de gás e açúcar, a saber a limão.
Ali estava a natureza crua,
plena de sumo a transbordar de futuro.
Quando se abria a garrafa,
abria-se o mundo em bolhas de sol,
ficava frescura nos lábios sedentos de
combates
sem precisar de punhais para vencer.
Ainda hoje posso fazer aquela festa
e dançar com uma coroa de flores na cabeça
como um rei de nada à beira mar.