quarta-feira, junho 15, 2005

in branco no branco, Eugénio de Andrade

É um lugar ao sul, um lugar onde
a cal
amotinada desafia o olhar.
Onde viveste. Onde às vezes no sono

vives ainda. O nome prenhe de água
escorre-te da boca.
Por caminhos de cabras descias
à praia, o mar batia

naquelas pedras, nestas sílabas.
os olhos perdiam-se afogados
no clarão
do último ou do primeiro dia.

Era a perfeição.

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