domingo, junho 12, 2005

corpo

O corpo é um engano. Tanto permanece mole nas manhãs de verão, como acende os dedos nas ruas da cidade que me sustenta.

De manhã, um cheiro a café entrava-me pela memória dentro, eram cheiros antigos, uma tontura de prazer, e depois ficava parado no meio da cozinha.
O sol iluminava o interior da marquise voltada para um imenso jogo de telhados, eu seguia o percurso das árvores num jardim perdido.

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