(nem) tudo tem a ver com tudo
natureza morta, foto trabalhada, A. F.2005
No mês passado, num hotel em Itália, descobri na casa de banho dum hotel, um autoclismo com certas características: imaginemos um daqueles que têm uma patilha no topo dum tubo inox colocado sobre a sanita, com cerca de 80 cm centímetros de altura; daqueles que descarregam com uma forte pressão, que fazem um barulho danado nessa descarga rápida. Só que, neste caso, não se via o tubo, que estava inserido no interior da parede, apenas se fazia o toque de descarga, pressionando um botão, sim, um botão que saía da parede. Como se isso não bastasse, a mais de dois metros de altura estava o respectivo depósito, como um vulgar autoclismo tradicional de puxar a pega pendente por uma corrente.
Quando tudo sobre autoclismos me parecia resolvido, eis que surge este. Há objectos que tem múltiplas utilidades, como é o caso. Este, tal como um manequim, serve como suporte projectivo para reflectir sobre a funcionalidade e o funcionamento de certas coisas. Como na vida em geral: às vezes parece que tudo está resolvido, porque compreendemos os mecanismos, mas uma velha questão vem à superfície, não resolvida, afinal.
Tentei fotografar este aparelho, mas não foi possível, devido à distância entre o tubo e o depósito. Só se fotografasse as duas partes separadamente, o que não me interessava. Por isso, achei por bem colocar esta imagem da fruta, que não tem nada a ver com o tema.
Porque (nem) tudo parece ter a ver com tudo, tal como as partes distintas deste autoclismo, que, no entanto, fazem parte do mesmo corpo.
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