quarta-feira, janeiro 04, 2006

(nem) tudo tem a ver com tudo

Image hosted by Photobucket.com
natureza morta, foto trabalhada, A. F.2005

No mês passado, num hotel em Itália, descobri na casa de banho dum hotel, um autoclismo com certas características: imaginemos um daqueles que têm uma patilha no topo dum tubo inox colocado sobre a sanita, com cerca de 80 cm centímetros de altura; daqueles que descarregam com uma forte pressão, que fazem um barulho danado nessa descarga rápida. Só que, neste caso, não se via o tubo, que estava inserido no interior da parede, apenas se fazia o toque de descarga, pressionando um botão, sim, um botão que saía da parede. Como se isso não bastasse, a mais de dois metros de altura estava o respectivo depósito, como um vulgar autoclismo tradicional de puxar a pega pendente por uma corrente.
Quando tudo sobre autoclismos me parecia resolvido, eis que surge este. Há objectos que tem múltiplas utilidades, como é o caso. Este, tal como um manequim, serve como suporte projectivo para reflectir sobre a funcionalidade e o funcionamento de certas coisas. Como na vida em geral: às vezes parece que tudo está resolvido, porque compreendemos os mecanismos, mas uma velha questão vem à superfície, não resolvida, afinal.
Tentei fotografar este aparelho, mas não foi possível, devido à distância entre o tubo e o depósito. Só se fotografasse as duas partes separadamente, o que não me interessava. Por isso, achei por bem colocar esta imagem da fruta, que não tem nada a ver com o tema.
Porque (nem) tudo parece ter a ver com tudo, tal como as partes distintas deste autoclismo, que, no entanto, fazem parte do mesmo corpo.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial