Nemésio e a tangerina
De “Mau Tempo no Canal”, de Vitorino Nemésio:
O único Clark que restava em Londres notoriamente da família era, além de Roberto, o Dr. David Marr, filho de uma prima-irmã do Clark, do Faial, e portanto pelo apelido um espúrio, um escocês. Tinha consultório em Kensington; Roberto era empregado num banco, na City. Viam-se de anos a anos e comunicavam de Natal a Natal por cartões representando cottages a escorrer neve, with the best wishes...
Ficavam de gelo, numa indiferença alegre e urticante, como se os risos levassem casca de tangerina azeda
Isto é outra passagem de «Mau Tempo no Canal», de Nemésio. Impressiona-me o emprego de tangerina, uma palavra fantástica, com um poder delicado de evocar sentimentos, tipos de pessoas, ou pessoas particularizadas. É uma frase poética exigida e criada no romance que escreve.
Isto é outra passagem de «Mau Tempo no Canal», de Nemésio. Impressiona-me o emprego de tangerina, uma palavra fantástica, com um poder delicado de evocar sentimentos, tipos de pessoas, ou pessoas particularizadas. É uma frase poética exigida e criada no romance que escreve.
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