a quem provar pertencer-lhe
Estavam num pequeno jardim, penduradas numa árvore. Alguém as lá pendurou, à espera que o dono aparecesse.
O que é certo é que meia hora depois tinham desaparecido. Espero que tenham sido levadas pelo dono. Teria sido melhor entregá-las numa esquadra de polícia? Eu não sei o que faria, mas achei bem.
Como funcionou a mente que as lá pôs?
1 Comentários:
Possuimos coisas, casa, automóvel, armários e gavetas como animal recolector que somos. Perder a chave da posse atira-nos para a inquietude, a ansiedade auto-recriminativa ou projectiva. Felizmente que vivemos no improviso, não necessitando de entregas à polícia, nem alvíssaras, nem provar o que nos pertence... Apenas, retroceder o caminho, caninamente, encontrar as chaves engenhosamente penduradas numa árvore à espera do seu legítimo dono, sem ter " a quem provar pertencer-lhe"...
Júlio Pêgo
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