sexta-feira, fevereiro 10, 2006

portas fechadas

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Fotografia de AF, 2004

Ouvem-se gemidos à porta de templos dispersos, o ruído das dívidas de sangue perante o silêncio da fome. Estendem-se pela noite as breves refeições, feitas agora de laços e memórias - insónias à espera da reconversão das mãos para as máquinas do tempo incerto. E nenhum álcool vale à química dos astros, às esculturas de vidro, aos tecidos estampados nas faces sem futuro. Quebrou-se o círculo de néon, restam as almas esbatidas nas soluções de recurso, muros improvisados, pedras soltas que se espalham no dia seguinte a qualquer porta fechada.
de O desemprego dos dias, 2005






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