quinta-feira, fevereiro 02, 2006

a intenção dos astros














Uma voz fala da transformação das bocas inseridas nos rostos semanais. Fala da escuridão dos mitos, da ilusão das metáforas, do teatro de fantoches presos por fios de silêncio. Fala dos insectos expulsos dos parques aos domingos, que logo pousaram num grande edifício em reparação, depois que os instantes do cio se perderam nos lagos de improviso onde se imobilizaram as rãs, olhando o infinito.
Onde se pára toda esta máquina, qual o botão que a muda de sentido num eterno movimento sem retorno? Como fazer a crítica dos astros para iluminar os risos?

Na continuidade dos olhares culpados de tanta existência, além da convenção dos signos tão exactos na guarida das manhãs, apenas fica o cheiro a café fresco a sugerir o princípio dos dias, a toldar a visão sobre a cidade, uma ânsia de encontrar um absoluto que se veja da janela, numa rua da cidade onde tudo envelheceu, até o céu, com medo da demolição dos sonhos.

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